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Projeto Correspondentes

Perguntas Frequentes






A ação proposta pelo projeto Correspondentes é a troca regular de correspondências entre voluntários e crianças ou adolescentes que residem em abrigos ou freqüentem Centros da Criança e do Adolescente.

A carta pode tornar-se um instrumento de expressão bastante rico, através do qual a criança e o adolescente são convidados a escrever a partir de suas histórias, suas alegrias, tristezas, dores e sonhos.

O objetivo desta experiência é aproximar diferentes realidades sócio-culturais, de forma que os correspondentes possam compartilhar, através da linguagem escrita, suas histórias, sentimentos, dúvidas e conhecimentos.





Leia o Manual do Voluntário, preencha o Questionário de identificação do voluntário, assine o termo de compromisso; e envie para o projeto via fax:(11) 3257 0811 ou correio: Rua Marques de Itu, 837, cj 61 Cep: 01223 001 São Paulo.

OBS: Devido à dificuldades financeiras não poderemos, neste momento, ampliar o Projeto Correspondentes e receber as inscrições de novos voluntários. Agradecemos a compreensão.





O abrigo é uma medida de proteção provisória, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, que objetiva o acolhimento de crianças e adolescentes que estejam em situação de vulnerabilidade, ou seja, negligência, maus tratos, abandono, violência física, abuso sexual.

Ao abrigo cabe zelar pelo desenvolvimento global das crianças, garantindo acesso à educação, saúde, bem como acompanhar o crescimento das crianças em suas necessidades individuais. Outra função importante do abrigo é estimular e garantir o vínculo com a família e quando isto não for possível, garantir o acesso de criança à sua história de vida.




O Centro da Criança e do Adolescente é um local freqüentado por crianças e adolescentes, no horário complementar ao da escola pública. As famílias cujas crianças e adolescentes freqüentam os CCAs são selecionadas por nível de vulnerabilidade. Os CCAs devem ser um espaço privilegiado que forneça diferentes atividades: pedagógicas, esportivas, música, cursos profissionalizantes, além de cuidados como alimentação. Estas atividades devem colaborar na melhoria das condições de sobrevivência, de escolarização, do acesso à cultura e à saúde de seus participantes.

Com isso, muitos de vocês estão se correspondendo com crianças e adolescentes que moram com suas famílias e freqüentam CCAs pertencentes aos seus bairros.







Muitas vezes o prazo de envio das cartas não é cumprido pela instituição freqüentada pelos correspondentes. Estas instituições além de terem um quadro reduzido de profissionais, que possuem uma rotina intensa de trabalho, algumas podem ter funcionários com pouca formação.

Ainda no caso dos abrigos, os profissionais são responsáveis pelo desenvolvimento integral das crianças e adolescentes, ou seja, pelo desempenho escolar, pelo acompanhamento médico e de saúde, pelo acesso a atividades esportivas, de cultura e lazer e, ainda, pelo acompanhamento dos processos junto às Varas da Infância e Juventude e pelo contato das crianças/adolescentes com seus familiares, quando isto é permitido pelo poder judiciário. Se não há equipe suficiente, torna-se difícil atender a todas essas demandas.

Isto também impõe dificuldades para dar um apoio mais individualizado a estas crianças e adolescentes, razão pela qual o projeto Correspondentes intervém nesses abrigos e núcleos sócio-educativos.

Em muitos casos, pode haver também a dificuldade da criança/adolescente estabelecer um vínculo afetivo, devido à sua história de vida, ou mesmo de escrever, o que dificulta ainda mais o envio da carta.

Todas estas dificuldades enfrentadas junto às instituições parceiras são também nosso objeto de trabalho e superá-las consiste em um desafio para todos nós – equipe técnica e voluntários. Por esta razão, desenvolvemos as seguintes estratégias: contatos semanais com os abrigos e CCAs, reuniões com técnicos e educadores destas instituições para acompanhamento do projeto Correspondentes dentro da rotina da casa e, caso seja necessário, colocação de estagiários do projeto (estudantes de psicologia) nas instituições que apresentam dificuldades.

Desta forma, contamos com vocês, voluntários, como nossos aliados neste projeto e nesta tentativa de estabelecimento de vínculos, criação de espaço para a fala e para o trabalho dentro da instituição.





O voluntário deve sempre ter em mente a criança ou o adolescente com a qual se corresponde, considerando sua a idade, os seus interesses e os assuntos que forem sendo introduzidos.

Deve-se também se responsabilizar em manter a freqüência e a continuidade das cartas, de forma a não comprometer o interesse da criança ou adolescente pelo projeto. E principalmente, é importante que o voluntário conte a própria história de vida como forma de compartilhar suas experiências, enriquecendo a relação entre os participantes.





Alguns voluntários costumam enviar desenhos próprios, dobraduras, figuras de temas citados pelos participantes, dedicando-se a ser criativo.

Todos os recursos que o voluntário puder usar com o intuito de estreitar o laço com a criança ou o adolescente são sempre bem vindos.

Se seu correspondente tiver muita dificuldade, indicamos que escreva a carta em letra de forma. Através de recursos gráficos, estéticos, plásticos você pode estimular ainda mais o participante na leitura da sua carta, o que não significa que uma carta com afeto, sonhos, pensamentos, sugestões seja menos importante.

O conteúdo das cartas é livre. Procure sempre dar uma continuidade aos assuntos das cartas que estão sendo trocadas. Indicamos que o voluntário fale de si, de suas experiências, ampliando o conteúdo proposto pela criança ou adolescente.

Outro ponto a prestar atenção é à idade da criança/adolescente e ao nível de compreensão desta para que a comunicação aconteça de fato.





Não podem ser trocados os endereços, e-mails, blogs e telefones entre os participantes. Não é permitida a comunicação com a criança/adolescente através de qualquer outro meio que não as cartas intermediadas pelo projeto.

Esta regra é uma forma de proteger os participantes para que situações difíceis e embaraçosas não aconteçam sem o respaldo do projeto. O voluntário que descumprir esta regra será automaticamente desligado do projeto.





Sim, podem ser encaminhadas fotografias, cartões postais, figuras para seu correspondente, pois, estas ajudam na concretização da imagem do voluntário com quem estão estabelecendo o vínculo afetivo.





Indicamos sempre que sejam encaminhados presentes relacionados ao projeto, tais como: livros, cadernos, canetas, papéis de carta etc.

Os presentes são muito estimados pelas crianças, entretanto, eles não podem substituir o conteúdo e a função da carta. O presente deve fazer parte da relação estabelecida ente os correspondentes e por isso, pedimos aos voluntários que expliquem na própria carta o motivo do envio do presente para seu amigo.

O recebimento dos presentes interfere na rotina das instituições e dificulta que as crianças tenham uma real compreensão dos objetivos do projeto. Nossa equipe trabalha no sentido de informá-los dos nossos objetivos, mas, é difícil evitar os pedidos nas cartas. Desta forma, contamos também com a colaboração dos voluntários que devem impor limites na relação, quando julgarem necessário.





Assim como não é permitido divulgar telefones, endereços, e-mails, orkuts, também não é possível que os correspondentes se conheçam pessoalmente. Neste sentido, a criança ou o adolescente, antes de iniciar a troca, também foi informada sobre as regras do projeto.

Compreendemos que o voluntário é um parceiro do projeto, podendo retomar estas regras com o correspondente sempre que seja necessário.

Gostaríamos de lembrar que promessas e compromissos não cumpridos podem vir a ser extremamente prejudiciais para as crianças e os adolescentes participantes do projeto.





Estipulamos o prazo de 20 dias como prazo-limite para o envio de sua resposta, pois, sabemos que um intervalo maior de tempo distancia os correspondentes e a criança e o adolescente não aproveita os benefícios do projeto.

Para facilitar, caso você não tenha tempo de ir ao correio, envie sua carta pelo e-mail: cartas@inpros.org.br.





Os atrasos geram muita ansiedade nas crianças e adolescentes. Se você está com dificuldade entre em contato com o projeto para esclarecermos suas dúvidas. Nestes momentos, é preciso pensar se esta dificuldade é temporária ou permanente.





Os motivos variam conforme o caso, podendo ser os seguintes:

1. As crianças ou adolescentes dependem da rotina da instituição para ajudá-los na escrita das cartas e envio das mesmas e, muitas vezes ocorre de não haver um número suficiente de educadores que possam ajudar os jovens na atividade de escrita das cartas ou então, a rotina de postagem das cartas pode não ser no mesmo dia em que foi escrita.

2. As crianças e adolescentes apresentam muita dificuldade de leitura e escrita e podem também apresentar dificuldade de estabelecimento de vínculo afetivo, fazendo com que relute na escrita das cartas.

É muito importante que o voluntário ajude a criar o vínculo afetivo, incentivando-os a escrever e desejar permanecer no projeto.





Não precisa. Ressaltamos que, especialmente as crianças e adolescentes residentes em abrigos sofreram algum tipo de perda no vínculo, com seus pais, familiares e pessoas de sua comunidade. Desta forma, o estabelecimento de um novo vínculo afetivo com o voluntário pode ser difícil, levar um tempo maior do que o voluntário esperava, mas, sabemos que esta troca de correspondências é muito importante para quem participa e a construção desse vínculo é o desafio proposto pelo projeto Correspondentes.

Desta forma, nada melhor para ser estimulado a escrever do que receber uma carta contendo novidades.





As cartas são avaliadas por um psicólogo que através da leitura sigilosa analisa a qualidade da relação estabelecida entre os participantes.

Verifica-se se o vínculo afetivo foi criado, se está sendo mantido e se é rico, ou seja, se a troca permite ampliar a visão de mundo dos participantes. Avalia-se também se há continuidade nos conteúdos das cartas, se há qualidade, tanto no sentido estético quanto no sentido do conteúdo, bem como, a freqüência do envio das cartas.

Todos esses itens são analisados com o intuito de averiguar o grau de envolvimento do voluntário com a troca. Caso julgue-se necessário, os voluntários são orientados pela equipe técnica sobre como melhorar a qualidade da relação estabelecida. Além disso, nossa equipe está sempre aberta às dúvidas e sugestões dos voluntários.





As correspondências podem ser finalizadas a qualquer momento e por motivos diversos. Pode ser que a criança ou adolescente que participa do projeto através do abrigo tenha sido desabrigada, tenha voltado a morar com sua família, tenha sido adotada ou colocada em uma família substituta. Ela também pode ter evadido da instituição.

As crianças que participam do projeto através dos Centros da Criança e do Adolescente podem deixar de se corresponder quando a sua família muda, de bairro ou cidade, quando os pais assim desejam, ou, ainda, quando completam 15 anos, devem deixá-las, pois esta é a idade máxima para freqüentar às atividades.





Consideramos o prazo de 1 ano como o tempo mínimo necessário para que se estabeleça um vínculo afetivo significativo entre os correspondentes. Se o vinculo se instituiu e é de qualidade, muitas correspondências permanecem por mais tempo. Os voluntários devem estar comprometidos com a troca durante este período.