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InPróS "Abrace nossa causa"


Instituto busca criar condições que favoreçam o desenvolvimento pessoal e social de crianças e adolescentes em situação de risco

O InPróS - Instituto de Projetos Sociais busca ampliar o projeto Correspondentes, um dos mais importantes da ONG, e assim fazer com que mais instituições possam ser credenciadas e mais crianças e adolescentes tenham oportunidade de participar. Hoje, cerca de oitocentas pessoas, entre jovens e voluntários, se correspondem por meio de cartas, trocando experiências e histórias de vida que contribuem para que crianças e jovens possam reescrever sua própria história.

Desde o início do projeto, que começou em 2004, mais de 20 mil cartas já foram trocadas entre voluntários e jovens que moram em Instituições de Acolhimento (abrigos) ou frequentam Centros da Criança e Adolescente – CCAs. Essas crianças e adolescentes pertencem a núcleos sociais bastante vulneráveis e, no caso dos abrigos, são separados de suas famílias por intervenção da justiça, devido a maus-tratos, negligência e violência. “Essa relação que se forma com a troca de experiências por meio das cartas, ajuda o jovem a voltar a confiar num adulto, se conhecer melhor, reconstruir sua vida. Já os voluntários têm a oportunidade de aprender muito e conhecer um mundo completamente diferente do seu, com a certeza de estar fazendo a sua parte”, conta a presidente do InPróS, Muriel Matalon.

Esta troca de cartas, um gesto que parece simples, envolve uma equipe de cerca de 10 profissionais da ONG. O InPrós se responsabiliza por todo o processo, que envolve orientação do conteúdo das correspondências de ambos os participantes, leituras sigilosas, armazenamento de cópias de todas as cartas e suporte técnico necessário ao trabalho nos abrigos e CCAs. O acompanhamento do conteúdo das correspondências é feito por psicólogos, não como forma de censura, mas como uma maneira de avaliar a qualidade da relação que se forma entre os participantes. “Não existe relação sem troca, por isso orientamos os voluntários para que não contem apenas sobre suas vidas ou não resumam sua carta a perguntas sobre a vida do jovem. É preciso haver uma troca de experiências para que essa relação seja saudável e produtiva”, explica Muriel.

Apesar de o Correspondentes atender hoje mais de 40 entidades, contemplando cerca de mil participantes, existe ainda uma fila de mais de 200 voluntários que esperam para participar do projeto. Por meio da campanha, que busca ampliar o numero de doadores individuais, a ONG espera conseguir credenciar mais instituições, para que esta fila ande rapidamente, mais jovens possam ser atendidos e novos voluntários possam ser chamados para iniciar a troca das cartas. “Hoje mais de 500 correspondências passam pelo InPrós mensalmente. Nosso objetivo é dobrar este número em 2011 e, para isso, precisamos da contribuição de novos doadores”, explica Muriel Matalon.

Além de ser uma ótima forma de organizar as idéias e traduzir sentimentos, o ato de escrever cartas para alguém querido ajuda no processo educacional dessas crianças e adolescentes. “É muito mais fácil aprender quando há interesse e essa troca estimula o desenvolvimento dos participantes. É normal notarmos uma melhora da leitura, escrita, interpretação e elaboração de pensamentos nos jovens que participam do projeto. Com certeza as cartas os motivam a melhorar em diferentes aspectos”, ressalta a presidente do Instituto.